Como professora de História das séries iniciais do Ensino Fundamental, sempre achei difícil trabalhar o conteúdo sobre Grécia e Roma com os estudantes dos sextos anos. Eu achava o conteúdo distante da realidade dos alunos, com termos e conceitos que eles não conheciam e que não lhe faziam sentido. Eu mesma não conseguia construir um elo de conexão, que fosse realmente motivador, entre o que estávamos estudando e a vida prática. Foi tentando solucionar esse desafio que encontrei na mitologia greco-romana um caminho possível para criar um diálogo com os alunos e com aquele recorte específico da História Antiga. O encantamento pelos mitos foi algo surpreendente. Afetou a todos nós e trouxe um interesse geral dentro da escola. Essa experiência foi a matriz motivadora para a temática central do meu trabalho: os mitos. No entanto, durante minha “jornada” como mestranda, fui percebendo outras possibilidades, outras narrativas, outras epistemologias e decidi optar por narrativas míticas que foram excluídas pelo modelo predominantemente racionalista e eurocentrista da educação. Nessa proposta, foquei em criar possibilidades de aprendizado a partir de mitos de origem iorubá e indígena, mais especificamente, Guarani e Bororo.
 

Para a realização desse trabalho contei com a ajuda e parceria de algumas pessoas que gostaria de mencionar aqui em sinal da minha gratidão.
 

Orientação no mestrado: Profa. Dra. Aline Dias da Silveira

Edição dos podcasts e narrador da voz de Exú: Bernardo Villanueva de Castro Ramos

Narrador de Ogum e Odé: Rafael Antonio Lumi Dartora

Narradora de Mani: Isadora Alana Lino Blos (minha amada filha)

Edição do site: Amanda Correia Ronchi